Acabei de descobrir...

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É impossível ser sério aos 18* anos , seguindo a risca o que um dia o jovem poeta evocou, sigo vivendo, vendo, e com prepotência analisando . Narciso inconstante me aventuro pelos mundos do teatro e moda. Acostumado com o traço do arquiteto resido em brasília, a infame capital severamente elitista federal. Sem pretensões referentes a minha homossexualidade desorientada vou me descobrindo e me deixando levar pelas vontades, dessas que sempre nos levam a caminhos alternativos. É isso, nascido no dia 18 de junho, me tornei um Geminiano confuso!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O Preconceito paralelo a Mídia

O termo Cota, percussor de várias discussões, debates e sem dúvidas muita polêmica, está de volta, e dessa vez entrou no campo da Moda. O assunto divide quase que instantaneamente a sociedade em os que apóiam e os acham que isso não leva a lugar algum, mas o que nenhum dos lados podem discordar é que o assunto é atual, e com certeza dá muito pano para manga.
Quando falamos em Moda, a população brasileira em sua maioria esquece o seu real valor atual e do seu valor histórico. Desde os tempos mais antigos a roupa tem tomado grande importância nos costumes atuais, deixando assim de existir apenas para que se cubra o corpo e se tornando até mesmo ponto crucial para que se haja um certo relacionamento, seja ele amoroso ou amigável. A roupa uni, excluí, diversifica, transparece, explica, sublima. Enfim, torna mais fácil a conexão ou a falta dela. É bem verdade que diante de uma entrevista de emprego a roupa a qual o canditado esta vestido, serve como ponto classificatório a maioria das vezes. A Moda atualmente move o mundo e o Brasil, seja através da mídia ou até mesmo na economia. Em uma de suas edições o evento SÃO PAULO FASHION WEEK, que tem visão internacional, teve ao total de seus modelos a marca de 348 entre eles a triste constatação que apenas 8 modelos eram negros. Diante desses números, muitos acham que tal segregação não tem importância alguma, muito menos alguma influência em outros setores, mas é justamente nesse ponto que pecam.
Com a chamada Cota para Negros em desfiles de Moda, os estilistas serão obrigados por lei a inclusão de mais pessoas Negras na mostra de seus trabalhos, com isso Agências de Modelos necessitaram suprir o mercado com a procura de modelos Negras e Negros, com tamanha mudança o jogo começa a mudar. Os scouting – pessoas que trabalham na procura de New Faces ou pessoas que cabem dentro perfil de modelo – deverão provavelmente mudar os seus campos de procura e se especializarem na busca de outras formas de beleza, traços esses que são bem diferentes do que estamos acostumados a ver em propagandas, nos desfiles e principalmente na televisão. Chegou a hora da mulata doméstica mostrar o valor de suas pernas torneadas, em lingeries delicadas e elegantes, ou até mesmo o pedreiro guerreiro mostrar a beleza do seu corpo definido e seu rosto marcante.
O Brasileiro precisa ver o Negro! O Negro necessita assistir – se! De preferência na primeira fila no desfile às 20hrs.

6 comentários:

  1. Adorei seu post. Parabéns! Também sempre senti mais falta de negros e negras nas passarelas! Sinto a falta de negros sendo retratados da forma respeitosa e valorosa que eles merecem. Já reparou que até nas novelas, por exemplo, enquanto o branco sonha, ama, vive, o negro está sempre ali, no cantinho, sendo o escravo que apenas trabalha, a doméstica que apenas cozinha...CHEGA! Negros,mulatos,pardos,etc compões a maior parte da população brasileira, como a mídia consegue tornar essa grande MAIORIA tão invisível? Isso tem que mudar. Um beijo.

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  2. eu acho que isso é levantar uma bandeira pra trás, só isso. se eu fosse lutar por direitos raciais, não seria num desfile de moda - local povoado de pessoas idiotas, que a única visão que teriam de um negro seria algo como "nossa, que pele bonita" ou algo semelhante; por detrás da open-mind aparente que o meio da moda sustenta temos toneladas e toneladas de racismo & diversos outros preconceitos e exclusivismos. queria eu ser negro para poder me orgulhar de estar fora de tal meio.

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  3. Gabriel disse... eu penso! "queria eu ser negro para poder me orgulhar de estar fora de tal meio."

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  4. Gabriel, ao invés de cair fora de tal meio e deixar "o racismo e diversos outros preconceitos e exclusivismos" dominarem, é melhor tentar mudar o status quo, nao!? Independente de a pessoa gostar de moda ou nao, ela deve ter o direito de circular em qualquer meio, de exercer qualquer profissao, independente de sua cor/religiao/sexualidade. "Estar fora de tal meio" por opção é uma coisa. "Estar fora de tal meio" por exclusão é outra.

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  5. ah, esqueci de postar o que eu tinha vindo postar aqui: http://marjorierodrigues.wordpress.com/2009/05/25/passos-de-formiga/

    um link de um blog que eu adoro.
    nesse post ela fala das novas cotas no spfw (que eu achei uma porcaria, mas antes 10% que nada)

    =*

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  6. cotas, cotas, cotas... realmente, a melhor solução para combater o preconceito e segregação.

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